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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia dos pais...

  Como eu me lembro! Ah, se lembro! Na verdade, a palavra mais correta nessa ocasião é recordar. Recordar: do latim re-cordis, tornar a passar pelo coração. Sempre no dia dos pais, ou também em seu aniversário, eu perguntava ao meu velho que desejava ganhar como presente em tal data, e ele sempre me respondia com a mesma frase: Meu presente maior é você comigo. E era verdade. Eu, sempre um grande oportunista, aproveitava e não dava nada. Mas não me critiquem, sempre estava lá com ele.
   Hoje [minto, ontem], a única coisa que queria compartilhar com nossos poucos, mas sinceros visitantes e leitores, é que nessa data simbólica, sinto a força do que ele me dizia, aquilo que sinto mais é a ausência de meu bom e velho pai. Ausência de corpo, porque no meu coração e na minha cabeça, meu pai sempre estará. Desde o futebol, passando pelo xadrez, até as ideias políticas e convicções, tudo que se passa por meu coração e minha cabeça tem um dedo, ou a mão da influência paterna. 

 Viva o Flamengo,Viva Bob Fischer, Viva Karl Marx, Viva Che Guevara, Viva Karl Marx, Viva Mercedes Sosa, Viva a Holanda, Viva os pais, principalmente o meu!


  Feliz dia dos pais, negada!




     MACKHNÓ SERPA

terça-feira, 26 de julho de 2011

Eugênio...

 Era um garoto que ,desde seu nascimento, sempre gostava de esquecer os problemas e gozar a vida. Seus pais até estranhavam como aquela criança tão raramente chorava, atitude tão comum para bebês de alguns meses de idade. Quando cagava ou mijava nas calças, ou estava com fome, náo chorava. Ria e fazia uma cara de coitado e de (como costumamos dizer no Ceará) "pidão". De fato, aquela era uma pessoa diferente. Eugeninho, ou geninho, como chamavam os pais, aos 7 anos de idade, via aquelas maravilhas e tesouros infantis em Shoppings (expostos de maneira estratégica a fod** com os pais) quando seus pais o levavam para passear, e em vez de chorar, espernear como seus colegas de idade, passava desapercebido e preferia na verdade correr, pular e traquinar com os que passavam.
 Mas, havia um problema. Eugeninho, destoava imensamente de sua família. Morava em uma casa na qual os conflitos eram constantes, moravam vários parentes, uns oportunistas, outros ingênuos demais, alguns outros mau-caráteres, outros gentis, alguns combativos. Era um família grande e desigualitária, onde todos buscavam seus interesses, nem sempre coletivos. E, uma coisa, toda a família tinha em comum: a sisudez. Justamente nesse aspecto, Geninho era único. Enquanto todos passavam sérios e compenetrados (muitas vezes cruzando a linha tênue que divide a seriedade e a antipatia), ele andava sempre de sorriso no rosto e brincalhão, irritando todos.
  O tempo passou, e ao contrário do que esperavam todos daquela grande estirpe, Eugênio não mudou. Ao invés de tornar-se um adulto sisudo devido a convivência diária, revelou-se uma pessoa animadora, divertida, farrista, brincalhona e alegre. Seus tios, principalmente os de melhor caráter o criticavam por ser muito displicente, por não se empenhar diante dos problemas da família. E ele:
  - Eu só quero rir da vida!- Dizia com sinceridade e com a reprovação de seus parentes. Com sinceridade, sim, pois Ernesto de fato não conseguiu levar nenhum projeto de vida a frente, por considerar que levar a vida a sério era uma grande perda de tempo
  Nunca fez mal a ninguém. Eugênio só queria mesmo brincar com a vida. E como ele, existem milhões ou bilhões de pessoas admiráveis no mundo que divertem-se com a própria existência. E assim como a família dele, é o mundo. Cheio de injustiças, desgraças e mau-caráteres. Tudo isso deixa esse tipo de personalidade em cheque: é válido rir enquanto acontece tudo isso? Na minha humilde opinião, sim. É a escolha mais admirável? Não. Devem ser criticados por isso? Eis a questão que me faço ao me deparar com tantas dessas pessoas todo dia...

                        Mackhnó Serpa

domingo, 19 de junho de 2011

Um velhinho gigante


Hoje, quando cheguei da prova de seleção para as casas de cultura da UFC, passei o olho pela minha conta no Facebook. Eis o que vi em destaque no meu mural:

New York Giants
HAPPY FATHERS DAY TO ALL THE GIANTS FANS OUT THERE!
  Foi então que me veio a tona o que me ocorreu temporada passada:

  Lembro-me perfeitamente de Setembro de 2010 à Fevereiro de 2011, quando eu, nas minhas estranhas paranóias, assistia ao vivo e em tempo real pela internet, às partidas do New York Giants, equipe de futebol americano da NFL pela qual torço ferrenhamente. Ele, um velhinho doente e sem muitas forças, principalmente nos dias mais difíceis e agudos de sua doença, observava minha piração durante cerca de 3 horas e meia (tempo de uma partida) e nada dizia. Certa vez, o perguntei por que não dizia nada enquanto eu assistia a NFL? Porque me surpreende tu gostar desse esporte que traduz os Estados Unidos-disse, com olhar de decepção e como que me diz "te criei pra gostar de futebol e tu me vem com esse esporte? Colonizado de merda.". Continuei acompanhando os Giants, afinal, realmente gosto do esporte e da equipe, todavia, dali em diante com uma expressão de envergonhado quando perto dele.  

   Eis que, já pelo final da temporada, 15ª de 17 rodadas, eu estava viajando durante o horário da partida. Aflição 'gigantesca' na viagem, pois o jogo era importantíssimo para as possibilidades dos Giants avançarem na competição. Quando chego em casa, ele está usando o computador.
  -Ei, velhinho, deixa eu dar uma olhada rapidinha aqui no placar do jogo dos Giants.
  -38 x 31
  -Pra quem?
  -Seu time perdeu. Estava ganhando até perto de acabar,quando o Philadelphia virou.
  Passei um tempo triste por causa da derrota e então foi que caiu a ficha.
  -Onde viu o resultado?
  -Acompanhei o tempo todo.

  De repente, notei o que aquilo representava. Perguntei mais tarde a ele, por que tinha acompanhado 3 horas e meia de un esporte que ele nem mesmo gosta, ainda mais quando era tão doloroso pra ele ficar sentado. Foi então que ele me disse. "Acompanhei por que tu gosta. Sabia que te interessava e fiquei apreensivo torcendo também. Uma vitória desses caras te deixa feliz.Torci, mas não deu. Sou um pé frio da porra. Desculpa.". Dei um forte abraço nele e nunca mais esqueci disso. Já são 5 meses que ele se foi.



 
                                                                         Mackhnó Serpa

terça-feira, 14 de junho de 2011

Como escrever...

"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."
                                    Graciliano Ramos

                                                                            MACKHNÓ SERPA

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Escrevendo por escrever. Será que alguém lê?

      O DIREITO DO PROTESTO  
 Realmente criativo e inteligente foi o que vi ontem durante a viagem de volta a Fortaleza: é normal dentro dos ônibus da tal empresa rodoviária haver uma espécie de caderninho padronizado para que os passageiros registrem suas reclamações, sugestões e possíveis ocorrências. Esse dito cujo fica guardado em um espaço próprio no vidro que fica atrás do motorista. Não sei o que houve, mas nesse ônibus (no qual viajei ontem), o citado espaço destinado estava vazio (talvez pelo fato de o ônibus ser do mais simples). Via-se, entretanto, escrito no vidro, a base de pincel e com letras garrafais: "Gostaria de reclamar por terem tirado o livrinho de reclamações!" 
     NO TAL ÔNIBUS DE NOVO
  É, amigos. Na chegada a Fortaleza, estampava uma placa da prefeitura: "Fortaleza brilha como o Sol". Embaixo, pichado: "E é esburacada como a Lua!"




               MACKHNÓ SERPA

                                       

Quem é?*

 Perco-me e flagro-me à beira do choro. Lendo Eduardo Galeano, a mais autenticamente humana mistura de tristezas, dores, alegrias, agonias e sorrisos domina inteiramente minha alma. Nessa mistura consiste a beleza da humanidade, e por conseqüência do Universo. Ora, quem é esse mestre, esse senhor, esse suposto Deus chamado Eduardo Hughes Galeano que tem a sutil habilidade de despertar nos homens a humanidade, de fazer sentir-nos como de fato somos e de chorar sorrindo? Talvez, mestre, você possa dar-me a resposta correta, afinal, nada mais és que um humano talentoso, como todos somos, não somos? É "apenas" isso que és. Afinal, se fosse Deus, seria, por tradição e até mesmo por definição, indiferente. Mas não é. 


* Pequeno texto escrito após ler novamente "O livro dos abraços" durante o "saculejo", frio e tédio durante a viagem de Fortaleza a Barbalha para ver minha pequena musa.

                                     Mackhnó Serpa

sábado, 28 de maio de 2011

Palavras do mestre







 Programa simplesmente fantástico com Eduardo Galeano. Sem mais comentários. Que gênio latino-americano.

          MACKHNÓ SERPA

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Começou...

   Peço licença aos leitores do blog, para falar sobre o Campenato Brasileiro, que se iniciou ante-ontem. Considerado por muitos o campeonato nacional mais equilibrado do mundo (uma vez que há 12 times grandes que nunca podem ser descartados),o Brasileirão 2011 começou prometendo revelar ao mundo grandes jogadores, e vários candidatos a craques são revelações recentes como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Leandro Damião, Lucas, Casemiro. Outros já são caras conhecidas como Ronaldinho Gaúcho, Fred, Rivaldo, D'alessandro, Liedson, Felipe, Loco Abreu, Kleber e outros. 
   E na primeira rodada, 15 times vieram com força máxima. No sábado, quatro jogos. A vitória do misto do Vasco sobre o misto do Ceará numa virada relâmpago graças ao garoto Bernardo, a vitória do mineiro sobre o paranaense no confronto dos Atléticos, o decepcionante empate do Internacional com o mistão do Santos e o passeio do Flamengo sobre o misto do Avaí, com destaque para a grande atuação de Ronaldinho Gaúcho. Já no domingo, mais 6 jogos: Corinthians surpreendeu e bateu o Grêmio no olímpico com golaço de Liédson; São Paulo surpreendeu e venceu o Flu no Rio de Janeiro; o Coritiba de olho na Copa do Brasil perdeu em casa para o Atlético Goianiense; o Palmeiras venceu o Botafogo num jogo morno e com um golaço de Kléber; no duelo entre recém-promovidos o América de minas levou a melhor sobre o Bahia; e o Cruzeiro perdeu para o Figueirense com um gol inusitado.

   E aí, quem vai ser o craque, o campeão, o artilheiro, quem cai?


      Resultados
Ceará 1 x 3 Vasco
Flamengo 4 x 0 Avaí
Atlético Mineiro 3 x 0 Atlético Paranaense
Santos 1 x 1 Internacional
Palmeiras 1 x 0 Botafogo
Figueirense 1 x 0 Cruzeiro
Coritiba 0 x 1 Atlético Goianiense
Grêmio 1 x 2 Corinthians
Fluminense 0 x 2 São Paulo
América Mineiro 2 x 1 Bahia

Média de gols: 2,4 gols por partida
Surpresa da rodada: Figueirense
Craque da Rodada: Ronaldinho Gaúcho
Golaço: Liédson


                 MACKHNÓ SERPA

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Carta ao nacionalismo e ao bairrismo

   Durante esse período próximo ao confronto que se realizou no Estádio Presidente Vargas (o famoso PV), entre Ceará e Flamengo, muitos hipócritas da mídia local e seguidores discorreram sobre a importância de os cearenses torcerem para o clube local. A eliminação do meu mengão (deixemos a falácia da imparcialidade de lado) inflou ainda o "orgulho cearense" da torcida do Ceará. Comemoram eufóricos a derrota dos "falsos cearenses". 
    Todo esse contexto me fez lembrar uma pequena crítica do famoso anarquista Mikhail Bakunin ao nacionalismo, que em sua essência também é válida para o bairrismo da torcida cearense:

"É preciso, pois, que reduza o assim chamado princípio da nacionalidade, princípio ambíguo, cheio de hipocrisias e de armadilhas, princípio de Estado histórico, ambicioso, ao princípio muito maior, muito simples e único legítimo, da liberdade: cada um, indivíduo ou corpo coletivo, sendo ou devendo ser livre, tem o direito de ser ele próprio, e ninguém tem o direito de impor-lhe seus costumes, sua vestimenta, sua língua, suas opiniões e suas leis; cada um deve ser absolutamente livre em si. Eis a que se reduz, em sua sinceridade, o direito nacional. Tudo que estiver além disto, não é a confirmação de sua própria liberdade nacional, mas a negação da liberdade nacional de outrem. O candidato deve, pois, detestar, como nós, todas estas idéias estreitas, ridículas, liberticidas e, conseqüentemente, criminosas, de grandeza, de ambição e de glória nacional boas apenas para a monarquia e para a oligarquia, hoje igualmente boas para a burguesia, porque lhe são úteis para enganar os povos e amotiná-los uns contra os outros para melhor submetê-los.
É preciso que em seu coração o patriotismo, ficado daqui para frente em segundo plano, ceda lugar ao amor pela justiça e pela liberdade, e que se necessário, se sua própria pátria separar-se destes valores, jamais hesite em tomar partido contra ela; o que não custará muito, se estiver realmente convencido, como deve estar, de que só há prosperidade e grandeza política em um país através da justiça e da liberdade."  Mikhail Bakunin


                                                     Mackhnó Serpa

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Balada de Madame Frigidaire



Sem palavras, genial crítca à sociedade pós-moderna e ao ligamento ás coisas materias do mestre Belchior!


                       Mackhnó Serpa

domingo, 1 de maio de 2011

1º de Maio

 Flamengo campeão carioca pela 32ª vez, prova de Cálculo I amanhã, preguiça... Todos esses ingredientes reunidos me fizeram apenas copiar do meu antigo Blog do Mackhnó  o texto que fiz sobre 1º de Maio no ano passado e colar aqui. Nem é tão mal, afinal pouca gente leu e, sboretudo, quanto ao trabalhador internacional, pouco ou nada mudou nesse último ano.

 Hoje, dia do trabalho, homenageio todos aqueles, de todos os lugares do mundo, que batalham todos os dias pela sua sobrevivência e são vítimas do sistema brutal no qual vivemos. São essas pessoas que fazem o progresso do capitalismo a custa das próprias vidas. Vendem seu único bem que é a força de trabalho para os patrões de todo o mundo e recebem em troca o necessário para que continuem trabalhando e quando muito, para que se satisfaçam e não reclamem de nada. Pessoas que são exploradas todo dia, mas quando chegam em casa ficam alegres pois a televisão lhes diz que o país vai bem; que a economia cresceu; que Deus é justo.
Parafraseando Ortega y Gasset, para essas pessoas, o céu são os outros. Alegram-se com o otimismo daqueles que são os culpados pela sua exploração.

Parabéns trabalhadores de todo o mundo pelo seu esforço diário em busca da sobrevivência; pelo fato de conseguirem estar trabalhando, pois nosso sistema não dá nem essa chance mínima a muitos desgraçados pelo destino que ainda são taxados pela sociedade de vagabundos (a ambigüidade aqui foi proposital). Acordem companheiros, não aceitem mais esse cenário de horror mascarados 
a que estão sendo submetidos diariamente!

          MACKHNÓ SERPA

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu...

   Longe da perfeição. Bota longe nisso. No entanto, nunca me propus a ser assim. Esse sou eu. Esse quem? Nem falei nada ainda, não é? Pois é. Agora sim, esse sou eu. Algumas vezes atrapalhado como uma mãe explicando pra filha o que é sexo, inúmeras vezes displicente no que faço. Certamente meu maior defeito.
   Agora, deixemos de papo que vou falar algumas coisas realmente importantes sobre mim (os defeitos acima citados são desimportantes, sacam?). Na maioria das ocasiões busco agir da maneira correta (por correta entenda-se que não prejudique um semelhante), em alguns poucos casos, ajo sabendo que não estou fazendo o que se conseideraria moralmente louvável, mas quem nunca faz isso? Uma das buscas diárias é de tentar minimizar esse "jeitinho esperto" que está intrinsecamente em nós e que de tão comum em nossa pátria mãe já se conhece por "jeitinho brasileiro". Entrentanto, há coisas a se fazer diariamente além de procurar pela perfeição moral inatingível. Além disso, a ideia do que se considera correto é muito vaga, subjetiva e abstrata.
   Então, saindo do discurso meramente filosófico e inócuo em alguns pontos, digamos como sou... 
   Não tenho verdades universais e incontestáveis, se falo besteira, gosto que me corrijam. Algumas poucas vezes, percebo que realmente estava defendendo uma ideia, tese ou princípio errôneo e retifico-me. Em outras, a imensa maioria das oportunidades, mantenho-me defendendo a besteira até que me provem a sua invalidez e por isso várias vezes chamam me teimoso. Não gosto de ostentar nem poupar dinheiro. Não creio em deus simplesmente pelo fato de não ter porquê acreditar nele. É como aceitar que uma xícara gira em torno da Terra só porque seus pais te disseram e a maioria da população crê nisso. Sou alegre. Sim, sou alegre até demais frequentemente. As vezes machuco ou irrito as pessoas com meu excesso de alegria (ou palhaçada, como queiram chamar, pra mim não é xingamento). Sim, o mundo é terrível, há que mudá-lo, mas não é com a sisudez que o conseguiremos. Acredito nas pessoas. Outro grande problema meu. Acredito demais nas pessoas porque se eu não parto do princípio que o ser humano é bom em geral, não vale a pena lutar pelas pessoas, e se não lutar pelas pessoas, por quem lutaremos? Por nós mesmos? E o que somos? 

   Bom, em resumo rápido e um tanto quanto suspeito, esse sou eu...                                                          MACKHNÓ SERPA

domingo, 17 de abril de 2011

O maior gênio que o cinema já conheceu...

   Na data de ontem, Charles Spencer Chapin fez seu 122º aniversário. O famoso Charlie Chaplin foi, na opinião de todas as pessoas sensatas, o maior gênio do cinema mundial, e por que não dizer, a pessoa mais importante e brilhante da história para o entretenimento. 
    Numa época dominada pelo poderio dos grandes estúdios de Hollywood e seus caminhões de dinheiro para produzir filmes, em sua imensa maioria, medíocres, é totalmente inimaginável o que Chaplin fez. Era dotado de uma versatilidade e genialidade em tantos aspectos que chega até a ser assustadora sua capacidade. Charlie Chaplin foi ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico de grandes filmes. Foi, ainda, um mímico brilhante. 
    Foi colocado na Lista Negra de Hollywood por seu posicionamento político sempre de esquerda. Mas, Hollywood para ele nada significava, uma vez que toda a obra de Hollywood reunida não chega aos pés do brilhantismo de um único personagem de Charlie: o famoso Carlitos. Chaplin usava o Oscar que ganhou a contra-gosto de Hollywood para escorar a porta da sua casa.
    Seus filmes mais conhecidos são: Luzes da cidade, Luzes da Ribalta, O grande ditador, O garoto e Tempos modernos.


"O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte." 
             Charles Chaplin


         MACKHNÓ SERPA

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Obama no Brasil...

  Aproveitando a ideia que o companheiro Adil teve, seguirei no rumo e deixarei uma charge extraída do site do jornal Brasil de Fato...




                          MACKHNÓ SERPA

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Velhas Recordações


Seleto leitor, todo humor do cartunista Nani. Charges, cartuns, textos humorísticos, piadas e a ira santa contra uma porrada de coisas.

O link é: http://www.nanihumor.com/





josé adil vieira júnior

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Sistema Brasileiro

O Sistema Brasileiro de Televisão(SBT), obteve da ditadura, sua primeira concessão de funcionamento, em 1981. Obviamente o seu dono, Silvio Santos, jamais ousou desde aquela época noticiar qualquer crime que tenha ocorrido durante o nebuloso regime golpista.

De forma que o SBT engrossa o caldo da mídia gorda no Brasil. Contribuindo diariamente para o apodrecimento intelectual dos brasileiros, seja com o Ratinho (cuja única qualidade é ser palmeirense), seja com a já estúpida impúbere que “apresenta” os programas infantis.

Evidente que raramente - e põe preciosidade nisso - saí coisas de qualidade. Ora, uma vez, na Globo, às 3 e tanto da manhã, tava passando um filme fantástico sobre a organização política e sindical da classe operária chamado Germinal, do escritor Émile Zola. Então, essas coisas podem acontecer, embora não se repitam como freqüência.

Como explicar o propósito da emissora do Sr. Topa Tudo Por Dinheiro de abrir os porões dos anos de chumbo? Vamos nos contentar com a explicação lógica: a busca por audiência. Embora seja certo que está não é a verdadeira, pelo menos não a principal. De sorte que a ânsia social por justiça pelos crimes cometidos naquele periodo é tão grande que até mesmo a péssima qualidade técnica da sua telematurgia não foi empecilho para que a novela conquistasse os seus telespectadores.

Até pode-se dizer que o roteiro é esforçado e que vem cumprindo a sua missão, embora com aquele romantismo sacal de toda novela. Tanto é que incomodou os militares que estão organizando em seu portal na internet um abaixo-assinado para tirar o folhetim do ar e dizem: “é óbvio que o governo federal através da comissão da verdade, recém criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário. As forças armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as forças armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução.” (Fonte Brasil de Fato)

Documentos divulgados pela revista Caros Amigos mostram que lideranças e partidos de esquerda continuaram a ser vigiados até mais de uma década depois do fim da ditadura. Esperamos até hoje pela queda da lei de Anistia e a punição dos torturadores. Foram milhares de mortos, muitos deles as famílias nunca souberam como. Falou outro dia Maria Amélia, a “Amelhinha”, não se consolida uma democracia com cadáveres insepultos.

josé adil vieira júnior
 

Uma música "que, de tolo, até pensei que fosse minha..."


Até pensei - Compositor: Chico Buarque de Holanda


Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha 

 josé adil vieira júnior

Poética


Estou farto do amor comedido
Da paixao bem comportada

Estou farto dos romances da elite
Dos livros de cabeceira

Estou farto das palavras que escrevo
Das barbáries universais

Estou farto dos rítmos
Dos forrós e carnavais

“Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
Do lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo”

Estou farto do convencional
Dos arroz com feijao

Quero viver o amor dos loucos
Quero me acometer no lirismo dos bêbados


 Yago Bruno Lima Vieira


josé adil vieira júnior

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma homenagem àquele que se foi...

  Ele foi assim. Nada o amedrontava, o assustava, o mudava. Ninguém conseguia frear sua garra... Até que o álcool venceu uma longa batalha contra seu fígado. Nenhum exemplo melhor que o meu de alguém que teve o pai como herói, exemplo e ícone. Desde minha infância, como toda criança o enxerguei assim. No entanto, ao contrário da maioria, quando cresci e entendi o mundo um pouco melhor, meu respeito e admiração por Ele aumentaram gradativamente.  

                                                                                                                                                        





MACKHNÓ SERPA

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Analfabeto Político



Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
 
josé adil vieira júnior

É Assim ou Está Assim?


 Esta pergunta tão simples define toda uma postura de vida. Ou você atuará no sentido de reproduzir os valores existentes ou sua existência será dedicada a transformá-los, através de palavras e/ou de atos.

Adotar a primeira posição significa considerar imutável:

a) A absurda desigualdade social existente entre países e pessoas.

b) O domínio de determinados países (EUA, por exemplo) sobre, praticamente, todo o globo terrestre.

c) A produção científica sendo apropriada por um pequeno grupo de capitalistas e oligopólios, bem como por países e empresas belicistas.

d) A concentração de riqueza em mãos de um pequeno grupo de oligopólios, em volume que supera o PIB de vários países.

e) As religiões adotarem a postura de representantes de deus, representação esta executada por homens tão falhos como qualquer um (ou mais).

f) A pobreza artística imposta pela mídia, visando a imbecilização daqueles que, enquanto povo, poderiam
alterar a ordem vigente.

g) A seca no Nordeste e a morte de inúmeras pessoas devido "às enchentes".

h) Os sobreimpostos cobrados indiretamente por: saúde, educação e segurança, visto que o retorno dos impostos não se concretiza no cumprimento das obrigações constitucionais do Estado.

i) A ideia de que tudo sempre foi assim, que é totalmente falsa pois "de fato" jamais foi assim. O capital sempre operou mudanças que o beneficiassem.

j) A forma de buscar sucesso profissional, emocional e pessoal no consumo e nas relações interpessoais desprovidas de verdade e sentimento.

Já a segunda posição apresenta-se distante do sucesso e da ascensão fácil, pois ao visar a transformação de todos estes valores acima citados, a tendência natural é chocar-se contra o poder, a opinião do cidadão comum e do status quo. Daí a importância de haver uma profunda consciência no caso de sua vida trilhar os tortuosos caminhos da segunda opção. O segredo é ter um projeto de realização pessoal completamente fora dos valores vigentes. Por exemplo: conseguir sobreviver com a dignidade mínima e se alegrar caso consiga transmitir a ideia da transformação, mesmo que seja a um número mínimo de pessoas.

    Não seja no mundo, e sim esteja no mundo. Não parece, mas ele também é seu.

               Luiz Claudio de Oliveira Serpa – o Velhinho.