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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Videla, la nacion no te perdona! - Uma lição hermana

  Hoje, começou na Argentina, o julgamento do ex-ditador Jorge Videla e mais alguns militares da época por roubo de bebês. Recordo-me ainda do grande ensaio As Veias abertas da América Latina do gênio Eduardo Galeano, no qual mostra os horrores de tão sanguinário regime em terras platinas.
   Cabe lembrar que Videla foi o ditador argentino no período de 1976-1981 e ordenado pelo mesmo "patrão", pôs em prática o mesmo violentíssimo sistema de repressão empregado no Brasil pela ditadura militar (notoriamente, Médici). Uma das mais violentas ditaduras da América Latina no período negro de ditaduras, foi responsável por inúmeros assassinatos, torturas, desaparecimentos e vários outros crimes bárbaros. O acima mencionado escritor, Eduardo Galeano estava na Argentina e teve seu nome colocado nos "esquadrões da morte" e exilou-se na Espanha temendo pela vida (Galeano já estava na Argentina fugindo da ditadura uruguaia!) 
   Voltemos, então ao julgamento. Ao contrário do que se pode pensar, não é a primeira vez que Videla vai ser julgado por seus atentados aos direitos humanos. Aí onde está a lição que vem de nossos hermanos: Videla foi condenado a prisão perpétua em 1985! Sim. A ditadura acabou em 1985! No Brasil, os torturadores nunca foram julgados. A anistia geral igualou assassinos e assassinados, torturadores e torturados. Mas, retornando ao caso Videla, o ex-ditador saiu da prisão em 1990, teve uma passagem de novo em 1998 e em Novembro de 2010, finalmente foi condenado definitivamente. Nesse aspecto, os argentinos aprenderam com a gente.
   Agora, o leitor pode perguntar, pra que então esse julgamento, uma vez que Videla já foi condenado a prisão perpétua? Esse julgamento é importantíssimo para provar sua culpa no roubo de bebês, bem como para que se faça justiça com aqueles bebês, hoje adultos, que foram tomados de suas famílias. Bebês que nasceram na prisão, que hoje tem ao menos o alento de ver os algozes torturadores e assassinos de seus pais apodrecerem na cadeia, ainda que tardiamente. 




   "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".   Eduardo Galeano


                                                                                                   Mackhnó Serpa...


   




                        

  

Um causo: Abc do Preguiçoso


Abc do Preguiçoso
Marido se alevanta e vai armá um mundé
Prá pegá uma paca gorda prá nóis cumê um sarapaté
Aroeira é pau pesado num é minha véia
Cai e machuca meu pé e ai d´eu sodade
Marido se alevanta e vai na casa da tua avó buscá
A ispingarda dela procê caçá um mocó
Só que no lajedo tem cobra braba num é minha véia
Me morde e fica pió e ai deu sodade
Entonce marido se alevanta e vai caçá uma siriema
Nóis come a carne dela e faiz uma bassora das pena
Ai quem dera tá agora num é minha véia
Nos braço duma roxa morena e ai d´eu sodade
Sujeito alevanta e vai na casa do venderão
Comprá uma carne gorda prá nois fazê um pirão
É que eu num tenho mais dinheiro num é minha véia
Fiado num compro não e ai d´eu sodade
Ô marido se alevanta e vai na venda do venderim
Comprá deiz metro de chipa prá fazê rôpa pros nossos fiim
Ai dentro tem um colchão véio num é minha véia
Desmancha e faiz umas carça prá mim e ai d´eu sodade
Disgramado se alevanta, deixa de ser preguiçoso
O homi que num trabáia num pode cumê gostoso
É que trabáia é muito bom num é minha véia
Mas é um pouco arriscoso e ai d´eu sodade
Ô marido se alevanta e vem tomá um mingau
Que é prá criá sustança prá nóis fazê um calamengal
Brincadêra de manhã cedo num é minha véia
Arrisca, quebrá o pau e ai d´eu sodade
Marido seu disgraçado tu ai de morrê
Cachorro ai de ti lati e urubu ai de ti cumê
Se eu subesse disso tudo num é minha véia
Eu num casava cum ocê e ai deu sodade

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Canção da tristeza



Não consigo encontrá-la
Me diga onde está
Por que de mim se esconde?
Será que não mereço, bem como toda humanidade?
Quero-te danada, escorregadia, passa-me pelas mãos,
Por entre os dedos.
Num segundo, sinto que a tenho,
No outro, lembro-me de que jamais a terei por completo.
E deixo-a ir, tremulando com o vento
Quanto tempo nos impedirão de a ter?
deus sabe [mas a ele não importa...]
Eu não [a mim sim]
Venha para nós,

FELICIDADE


 ''Dizem que sua liberdade acaba quando começa a do próximo. E eu digo, a sua liberdade começa e termina respectivamente onde começa e termina a de todos.''
    
Mackhnó Serpa

Uma música...


  Para abrir os caminhos do blog Curumim, super clássica do grande Bob Dylan...

  







Como uma Pedra a Rolar
Era uma vez, você se vestia tão bem
Jogava esmola aos mendigos em seu auge, não foi?
As pessoas chamavam, dizendo: "Cuidado boneca, você está pedindo pra cair"
Você achou que todos eles
Estavam brincando com você
Você costumava rir de todo mundo que ficava vadiando ao redor
Agora você não fala tão alto
Agora você não parece tão orgulhosa
De estar tendo que vasculhar pela sua próxima refeição

Como se sente?
Como se sente?
Por estar sem um lar?
Como uma completa estranha?
Como uma pedra a rolar?

Você freqüentou a melhor escola muito bem, Senhorita Solitária
Mas você sabe que você apenas ficava enchendo a cara lá
E ninguém jamais lhe ensinou como viver nas ruas
E agora você descobre você vai ter que se acostumar com isso
Você dizia que jamais condescenderia
Com o vagabundo misterioso, mas agora você percebe
Que ele não está vendendo álibis
Enquanto você olha fixamente para o vácuo de seus olhos
E o pergunta, você quer fazer um trato?

Como se sente?
Como se sente?
Por estar por sua conta?
Sem direção alguma para casa
Como uma completa estranha?
Como uma pedra a rolar?

Você nunca se virou para ver as carrancas dos equilibristas e dos palhaços
Enquanto todos eles chegavam e faziam truques para você
Você jamais entendeu que isso não é bom
Você não deveria deixar as outras pessoas se divertir no seu lugar
Você antigamente cavalgava o cavalo cromado com seu diplomata
Que carregava em seu ombro um gato siamês
Não é difícil quando você descobre que
Ele realmente não era tudo que aparentava ser
Depois que ele levou de você tudo o que podia roubar?

Como se sente?
Como se sente?
Por estar por sua conta?
Sem direção alguma para casa
Como uma completa estranha?
Como uma pedra a rolar?

Princesa no campanário e todas as pessoas bonitas
Estão todas bebendo e pensando que estão por cima
Trocando presentes caros e coisas
Mas é melhor você surrupiar o seu anel de brilhante é melhor você penhorá-lo, gata
Você antigamente era tão entretida
Com o Napoleão de trapos e a linguagem que ele usava
Vá para ele agora, ele te chama, você não pode recusar
Quando você não tem nada, você não tem nada a perder
Você está invisível agora você não tem mais segredos a ocultar

Como se sente?
Como se sente?
Por estar por sua conta?
Sem direção alguma para casa
Como uma completa estranha?
Como uma pedra a rolar?

Mackhnó Serpa

McDonald´s: Maus tratos e superexploração


Nesta semana, nas bancas, o jornal Brasil de Fato traz uma grande reportagem sobre a superexploração e maus tratos que sofrem os jovens e adolescentes na maior rede fastfood do mundo. Confira a seguir trechos
24/02/2011

Michelle Amaral


“Uma vez eu estava com uma bandeja cheia de lanches prontos para serem entregues e escorreguei. Quando ia caindo no chão, meu coordenador viu, segurou a bandeja, me deixou cair e disse: 'primeiro o rendimento, depois o funcionário'”, conta Kelly, que trabalhou na rede de restaurantes fast food McDonald´s por cinco meses.

“Lá você não pode ficar parado, se sentar leva bronca”, relata Lúcio, de 16 anos, que há 4 meses trabalha em uma das lojas da rede na cidade de São Paulo. “Você não tem tempo nem para beber água direito”, completa José, de 17 anos. “Uma vez eu queimei a mão, falei para a fiscal e ela disse para eu continuar trabalhando”, lembra o adolescente. Maria, de 16 anos, ainda afirma que, apesar da intensa jornada de trabalho nos restaurantes, recebe apenas R$ 2,38 por hora trabalhada.
Os relatos acima retratam o dia-a-dia dos funcionários do McDonald´s. Assédio moral, falta de comunicação de acidentes de trabalho, ausência de condições mínimas de conforto para os trabalhadores, extensão da jornada de trabalho além do permitido por lei e fornecimento de alimentação inadequada são algumas das irregularidades apontadas por trabalhadores da maior rede de fast food do mundo.

Somente no Brasil, o McDonald´s tem mais de 600 lojas e emprega 34 mil funcionários, em sua maioria jovens de 16 a 24 anos.

As relações de trabalho impostas pelo McDonald´s são objetos de estudo de muitos pesquisadores. Do mesmo modo, pelas irregularidades recorrentes, a rede de fast food é alvo de diversas denúncias na Justiça do Trabalho.

Em São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes de São Paulo (Sinthoresp), ao longo dos anos, tem denunciado as más condições a que são submetidos os funcionários do McDonald´s.

Recentemente, resultou em uma punição ao McDonald´s uma denúncia feita há quinze anos pelo sindicato ao Ministério Público do Trabalho (MPT) da 2ª Região, em São Paulo. Trata-se de um acordo que, além de exigir o cumprimento de adequações trabalhistas, estabelece o pagamento de uma multa de R$ 13,2 milhões.

Desse valor, a rede de fast food deve destinar R$ 11,7 milhões ao financiamento de publicidade contra o trabalho infantil e à divulgação dos direitos da criança e do adolescente durante os próximos nove anos. Além disso, a rede deve doar R$ 1,5 milhão para o Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O compromisso foi firmado em outubro de 2010 e passou a valer em janeiro deste ano.

As investigações realizadas pelo MPT a partir da denúncia do Sinthoresp confirmaram as seguintes irregularidades: não emissão dos Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT); falta de efetividade na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; licenças sanitárias e de funcionamento vencidas ou sem prazo de validade, prorrogação da jornada de trabalho além das duas horas extras diárias permitidas por lei, ausência do período mínimo de 11 horas de descanso entre duas jornadas e o cumprimento de toda a jornada de trabalho em pé, sem um local para repouso.

O MPT também apontou irregularidades na alimentação fornecida aos trabalhadores: apesar de oferecer um cardápio com variadas opções, o laudo da prefeitura de São Paulo reprovou as refeições baseadas exclusivamente em produtos da própria empresa por não atender às necessidades nutricionais diárias. Em relação à alimentação, o McDonald´s chegou a ser condenado, em outubro de 2010, pela Justiça do Rio Grande do Sul a indenizar em R$ 30 mil um ex-gerente que, após trabalhar 12 anos e se alimentar diariamente com os lanches fornecidos pela rede de fast food, engordou 30 quilos. (A reportagem completa você lê na edição impressa número 417 do jornal Brasil de Fato).

*Os nomes dos funcionários citados na matéria são fictícios.

FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/5780

Fetiche

Murmurinho gostoso. Mexe-se. Arregala os olhos e suavemente os fecha, acompanhando o ruído local que inebria e conduz a uniformidade dos movimentos. Para. Olha-me. E cai embelecida em mais um movimento tentador. Um sobe e desce pesado, cansado, ligeiro, seqüenciado, doentil...

Hipácia. Deve ser este seu nome. Pagã. Pensativa. Torturo-me por seus pensamentos. E ela próxima, colada, pele alva, macia, cabelos castanhos, longos, pernas grossas, cintura fina, finíssima, olhos negros, vivos, atentos, sobrancelha séria, provocadora, boca pequena, seios pequenos e um jeito meigo de tocar os dedos sobre os objetos. Inevitavelmente eu a quis.

Maria. Melhor que este fosse seu nome. Como contou o poeta paraibano. “Desprovida de partículas de feiúra”. Clara, magra, pêlos castanhos, pernas inchadas, seios na dimensão da mão, cintura fina, finíssima... Molesta-me. Torna a mover-se à minha vista, ao meu deleite. Agarra o maquinário ferozmente. Chega a doer-me. Dor que se derrama na beleza daquela agitação, repetida ao meu gracejo.  Não me custava imaginar que naquele instante ela pudesse unir-se a mim. Apenas naquele segundo que se eterniza e inevitavelmente atormenta-me. Penso nos amores que tive. Foram-me marcantes também. Algumas delas possuíam coxas grossas e qualidades mais; mas a primorosa cintura daquela criatura - fina ao extremo-, era sua apenas e parece-me inigualável.
Mais uma vez, a derradeira, mais ofegante que as demais, ela retoma aquela prática intolerável. Dura. Parece-me cansada. Preocupada somente em livrar-se daquele suplício lancinante. O barulho atroz estimula-me. Lascívia. A ela pesar. Tanto que tornou a mexer-se. Vira-se varrendo o assento com os cabelos, pondo-os de lado. Cerra os olhos e novamente me parece meditativa. Diz-me nenhuma palavra. Levanta-se. Deixa-me desolado naquela instrumentária vã.

Seu nome é incerto. Incerto também a esperança de vê-la outra vez, de apreciar seu desempenho único com o mesmo olhar atento de agora. Curti-a em cada pedacinho. Desassossega-me não conhecê-la por nome. Poderia ser qualquer um. Resolvo não mais dar importância a este detalhe. Pouco importa. Preocupações mais prazerosas como aquela cintura (finíssima) me tomam a cabeça. Aquele joelho exposto, aquela panturrilha malhada, aquela barriga sarada, aqueles pés cobertos, mas presumivelmente lindos.

Ela, mesmo suada, mesmo despida de maquiagens, era um artigo de pouca imitação no mercado. E vendo estas cenas “eu poderia ir ao fundo, do fundo, do fundo, à sua procura. Criar fácil, fácil, a moto-contínuo da noite pro dia em seu nome. Construir sete usinas usando a energia que provém” exclusivamente da lembrança daquela tarde curta, ínfima, que estive ao seu lado.
josé adil vieira júnior

Entretenimento: João Cláudio Moreno e Chico Anysio - Caetano e Gil


Compreenda a polêmica: TV Globo pode dar adeus ao Brasileirão


Foi somente neste ano que o Clube dos 13 resolveu mudar regras que vigem há anos
14/02/2011

Pela primeira vez, a TV Globo admite abrir mão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Uma reunião de cúpula na quarta-feira passada definiu a posição da Globo na mais importante concorrência entre as TVs neste ano: a que decidirá em março quem transmitirá os Brasileirões de 2012, 2013 e 2014.

Hoje, a emissora da família Marinho paga R$ 250 milhões por temporada pelos direitos de transmissão para a TV aberta — e cerca de 600 milhões, quando se incluem a TV por assinatura, pay-per-view, etc. O Clube dos 13 já disse às emissoras que pretende, no mínimo, dobrar essa quantia.

A Globo está fazendo contas realistas. A emissora vai procurar o Clube dos 13 nos próximos dias para dizer que, por esse valor, está fora da disputa. Avalia que a partir de determinado montante não há retorno financeiro.

Foi somente neste ano que o Clube dos 13 resolveu mudar regras que vigem há anos. Hoje, a emissora que detém os direitos (a Globo) pode sub-licenciar as partidas para quem quiser (a Band no caso específico). O Clube dos 13 resolveu acabar com isso: o sub-licenciamento terá que ser aprovado pelos clubes — que, além disso, receberão ainda um percentual sobre esse repasse de direitos de transmissão.

De quebra, a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão para a TV aberta será apenas para uma emissora. Havia uma possibilidade de se negociarem os jogos de quarta-feira e sábado para uma rede e os de quinta-feira e domingo para outra. Não há mais. Numa palavra, ou é Globo ou é Record. E quem ganhar a concorrência escolherá o horário em que os jogos ocorrerão.

Cade


A maior derrota sofrida pela Globo ocorreu em maio passado. Numa reunião histórica em Brasília, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) propôs um acordo entre clubes e emissoras de TV que acabaria com o monopólio da Globo nas transmissões de futebol. Para encerrar um processo que tramita desde 1997, o Cade sugeriu a extinção de uma cláusula que dá preferência à Globo nas renovações de contratos.

O Cade é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça que regula a concorrência econômica no país. Funciona como um tribunal. Suas decisões têm ser cumpridas pelas partes envolvidas. O processo, que está em análise pelo conselheiro Cesar Mattos, teve início há 13 anos. Nele, o Clube dos 13 e a Globo são acusados de prática de cartelização.

Tudo porque a cláusula que dá preferência à Globo funciona como uma ferramenta de monopólio para a emissora. Na prática, a Globo pode cobrir a proposta de uma outra rede TV, ficando sempre com os direitos de exibição do Brasileirão. Nunca outra rede consegue tirar os direitos dela.

Pelo acordo proposto agora pelo Cade, o processo seria encerrado e o Clube dos 13 e a Globo, inocentados. Mas teriam de abrir mão da cláusula de preferência, permitindo que a Record (ou o SBT ou a Band) dispute os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, ou parte deles. O atual contrato da Globo com o Clube dos 13 vence no final de 2011.

Racha

Enquanto as emissoras se digladiam, o Clube dos 13 "rachou". Um documento em poder dos grandes clubes —uma espécie de "diagnóstico" da situação sob as novas regras das vendas dos direitos — mostra que há "racha" entre os dirigentes dos clubes e revela preocupação com o rumo do futebol na TV aberta nos próximos anos.

De um lado está o grupo que defende que a venda dos direitos do Brasileiro de 2012 e 2013 deverá ser feita à TV que fizer a maior proposta em termos financeiros. Esse grupo estaria mais alinhado com a Record, que, nos bastidores, fará oferta insuperável ao Clube dos 13. Especula-se que a Record possa oferecer de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão pelos direitos do Brasileiro 2012 e 2013. A emissora já tem a exclusividade sobre o próximo Pan-Americano e a próxima Olimpíada de 2012, em Londres.

Do outro lado estão clubes mais alinhados com a Globo (e Band), que acreditam que há um risco muito grande de se tirar o futebol da Globo pura e simplesmente. Para esse grupo, a troca poderia afetar negativamente não só a audiência dos jogos — mas também a publicidade em estádios e a venda de produtos ligados ao futebol. Segundo esse grupo, a Record não teria condições de, em um ano, obter os mesmos índices de audiência que a Globo no horário dos jogos.

Representantes das emissoras e dos clubes vêm se reunindo com frequência, no intuito de criar "parcerias" estratégicas. A Record estaria em contato com emissários da Rede TV!, Band e SBT, com intuitos "estratégicos" contra a Globo. Os times, por sua vez, estão divididos e não chegam a um acordo sobre qual a melhor e mais lucrativa fórmula ou proposta das TV’s para o futebol.

FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/5687