Busca

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu...

   Longe da perfeição. Bota longe nisso. No entanto, nunca me propus a ser assim. Esse sou eu. Esse quem? Nem falei nada ainda, não é? Pois é. Agora sim, esse sou eu. Algumas vezes atrapalhado como uma mãe explicando pra filha o que é sexo, inúmeras vezes displicente no que faço. Certamente meu maior defeito.
   Agora, deixemos de papo que vou falar algumas coisas realmente importantes sobre mim (os defeitos acima citados são desimportantes, sacam?). Na maioria das ocasiões busco agir da maneira correta (por correta entenda-se que não prejudique um semelhante), em alguns poucos casos, ajo sabendo que não estou fazendo o que se conseideraria moralmente louvável, mas quem nunca faz isso? Uma das buscas diárias é de tentar minimizar esse "jeitinho esperto" que está intrinsecamente em nós e que de tão comum em nossa pátria mãe já se conhece por "jeitinho brasileiro". Entrentanto, há coisas a se fazer diariamente além de procurar pela perfeição moral inatingível. Além disso, a ideia do que se considera correto é muito vaga, subjetiva e abstrata.
   Então, saindo do discurso meramente filosófico e inócuo em alguns pontos, digamos como sou... 
   Não tenho verdades universais e incontestáveis, se falo besteira, gosto que me corrijam. Algumas poucas vezes, percebo que realmente estava defendendo uma ideia, tese ou princípio errôneo e retifico-me. Em outras, a imensa maioria das oportunidades, mantenho-me defendendo a besteira até que me provem a sua invalidez e por isso várias vezes chamam me teimoso. Não gosto de ostentar nem poupar dinheiro. Não creio em deus simplesmente pelo fato de não ter porquê acreditar nele. É como aceitar que uma xícara gira em torno da Terra só porque seus pais te disseram e a maioria da população crê nisso. Sou alegre. Sim, sou alegre até demais frequentemente. As vezes machuco ou irrito as pessoas com meu excesso de alegria (ou palhaçada, como queiram chamar, pra mim não é xingamento). Sim, o mundo é terrível, há que mudá-lo, mas não é com a sisudez que o conseguiremos. Acredito nas pessoas. Outro grande problema meu. Acredito demais nas pessoas porque se eu não parto do princípio que o ser humano é bom em geral, não vale a pena lutar pelas pessoas, e se não lutar pelas pessoas, por quem lutaremos? Por nós mesmos? E o que somos? 

   Bom, em resumo rápido e um tanto quanto suspeito, esse sou eu...                                                          MACKHNÓ SERPA

domingo, 17 de abril de 2011

O maior gênio que o cinema já conheceu...

   Na data de ontem, Charles Spencer Chapin fez seu 122º aniversário. O famoso Charlie Chaplin foi, na opinião de todas as pessoas sensatas, o maior gênio do cinema mundial, e por que não dizer, a pessoa mais importante e brilhante da história para o entretenimento. 
    Numa época dominada pelo poderio dos grandes estúdios de Hollywood e seus caminhões de dinheiro para produzir filmes, em sua imensa maioria, medíocres, é totalmente inimaginável o que Chaplin fez. Era dotado de uma versatilidade e genialidade em tantos aspectos que chega até a ser assustadora sua capacidade. Charlie Chaplin foi ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico de grandes filmes. Foi, ainda, um mímico brilhante. 
    Foi colocado na Lista Negra de Hollywood por seu posicionamento político sempre de esquerda. Mas, Hollywood para ele nada significava, uma vez que toda a obra de Hollywood reunida não chega aos pés do brilhantismo de um único personagem de Charlie: o famoso Carlitos. Chaplin usava o Oscar que ganhou a contra-gosto de Hollywood para escorar a porta da sua casa.
    Seus filmes mais conhecidos são: Luzes da cidade, Luzes da Ribalta, O grande ditador, O garoto e Tempos modernos.


"O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte." 
             Charles Chaplin


         MACKHNÓ SERPA

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Obama no Brasil...

  Aproveitando a ideia que o companheiro Adil teve, seguirei no rumo e deixarei uma charge extraída do site do jornal Brasil de Fato...




                          MACKHNÓ SERPA

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Velhas Recordações


Seleto leitor, todo humor do cartunista Nani. Charges, cartuns, textos humorísticos, piadas e a ira santa contra uma porrada de coisas.

O link é: http://www.nanihumor.com/





josé adil vieira júnior

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Sistema Brasileiro

O Sistema Brasileiro de Televisão(SBT), obteve da ditadura, sua primeira concessão de funcionamento, em 1981. Obviamente o seu dono, Silvio Santos, jamais ousou desde aquela época noticiar qualquer crime que tenha ocorrido durante o nebuloso regime golpista.

De forma que o SBT engrossa o caldo da mídia gorda no Brasil. Contribuindo diariamente para o apodrecimento intelectual dos brasileiros, seja com o Ratinho (cuja única qualidade é ser palmeirense), seja com a já estúpida impúbere que “apresenta” os programas infantis.

Evidente que raramente - e põe preciosidade nisso - saí coisas de qualidade. Ora, uma vez, na Globo, às 3 e tanto da manhã, tava passando um filme fantástico sobre a organização política e sindical da classe operária chamado Germinal, do escritor Émile Zola. Então, essas coisas podem acontecer, embora não se repitam como freqüência.

Como explicar o propósito da emissora do Sr. Topa Tudo Por Dinheiro de abrir os porões dos anos de chumbo? Vamos nos contentar com a explicação lógica: a busca por audiência. Embora seja certo que está não é a verdadeira, pelo menos não a principal. De sorte que a ânsia social por justiça pelos crimes cometidos naquele periodo é tão grande que até mesmo a péssima qualidade técnica da sua telematurgia não foi empecilho para que a novela conquistasse os seus telespectadores.

Até pode-se dizer que o roteiro é esforçado e que vem cumprindo a sua missão, embora com aquele romantismo sacal de toda novela. Tanto é que incomodou os militares que estão organizando em seu portal na internet um abaixo-assinado para tirar o folhetim do ar e dizem: “é óbvio que o governo federal através da comissão da verdade, recém criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário. As forças armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as forças armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução.” (Fonte Brasil de Fato)

Documentos divulgados pela revista Caros Amigos mostram que lideranças e partidos de esquerda continuaram a ser vigiados até mais de uma década depois do fim da ditadura. Esperamos até hoje pela queda da lei de Anistia e a punição dos torturadores. Foram milhares de mortos, muitos deles as famílias nunca souberam como. Falou outro dia Maria Amélia, a “Amelhinha”, não se consolida uma democracia com cadáveres insepultos.

josé adil vieira júnior
 

Uma música "que, de tolo, até pensei que fosse minha..."


Até pensei - Compositor: Chico Buarque de Holanda


Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha 

 josé adil vieira júnior

Poética


Estou farto do amor comedido
Da paixao bem comportada

Estou farto dos romances da elite
Dos livros de cabeceira

Estou farto das palavras que escrevo
Das barbáries universais

Estou farto dos rítmos
Dos forrós e carnavais

“Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
Do lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo”

Estou farto do convencional
Dos arroz com feijao

Quero viver o amor dos loucos
Quero me acometer no lirismo dos bêbados


 Yago Bruno Lima Vieira


josé adil vieira júnior

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma homenagem àquele que se foi...

  Ele foi assim. Nada o amedrontava, o assustava, o mudava. Ninguém conseguia frear sua garra... Até que o álcool venceu uma longa batalha contra seu fígado. Nenhum exemplo melhor que o meu de alguém que teve o pai como herói, exemplo e ícone. Desde minha infância, como toda criança o enxerguei assim. No entanto, ao contrário da maioria, quando cresci e entendi o mundo um pouco melhor, meu respeito e admiração por Ele aumentaram gradativamente.  

                                                                                                                                                        





MACKHNÓ SERPA

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Analfabeto Político



Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
 
josé adil vieira júnior

É Assim ou Está Assim?


 Esta pergunta tão simples define toda uma postura de vida. Ou você atuará no sentido de reproduzir os valores existentes ou sua existência será dedicada a transformá-los, através de palavras e/ou de atos.

Adotar a primeira posição significa considerar imutável:

a) A absurda desigualdade social existente entre países e pessoas.

b) O domínio de determinados países (EUA, por exemplo) sobre, praticamente, todo o globo terrestre.

c) A produção científica sendo apropriada por um pequeno grupo de capitalistas e oligopólios, bem como por países e empresas belicistas.

d) A concentração de riqueza em mãos de um pequeno grupo de oligopólios, em volume que supera o PIB de vários países.

e) As religiões adotarem a postura de representantes de deus, representação esta executada por homens tão falhos como qualquer um (ou mais).

f) A pobreza artística imposta pela mídia, visando a imbecilização daqueles que, enquanto povo, poderiam
alterar a ordem vigente.

g) A seca no Nordeste e a morte de inúmeras pessoas devido "às enchentes".

h) Os sobreimpostos cobrados indiretamente por: saúde, educação e segurança, visto que o retorno dos impostos não se concretiza no cumprimento das obrigações constitucionais do Estado.

i) A ideia de que tudo sempre foi assim, que é totalmente falsa pois "de fato" jamais foi assim. O capital sempre operou mudanças que o beneficiassem.

j) A forma de buscar sucesso profissional, emocional e pessoal no consumo e nas relações interpessoais desprovidas de verdade e sentimento.

Já a segunda posição apresenta-se distante do sucesso e da ascensão fácil, pois ao visar a transformação de todos estes valores acima citados, a tendência natural é chocar-se contra o poder, a opinião do cidadão comum e do status quo. Daí a importância de haver uma profunda consciência no caso de sua vida trilhar os tortuosos caminhos da segunda opção. O segredo é ter um projeto de realização pessoal completamente fora dos valores vigentes. Por exemplo: conseguir sobreviver com a dignidade mínima e se alegrar caso consiga transmitir a ideia da transformação, mesmo que seja a um número mínimo de pessoas.

    Não seja no mundo, e sim esteja no mundo. Não parece, mas ele também é seu.

               Luiz Claudio de Oliveira Serpa – o Velhinho.

De volta à luta... Saudade de um lutador que se foi...


Acompanhamos o futebol atentamente esta tarde. Alguns, de quadro, ficaram totalmente desapontados com o resultado a favor do Real Madrid. Acho que ninguém discorda que o placar largo praticamente liquidou o jogo de volta, marcado para o dia 13 (quarta-feira da próxima semana) no estádio White Hart Lane, para a tristeza do Mackhnó.

Estive de férias e, não por isso, mas pela falta de internet, não pude colaborar nas ultimas duas semanas. De maneira que, voltaremos aos trabalhos postando um texto do nosso mestre e companheiro, Luiz Claudio de Oliveira Serpa.

Antes disso, abaixo, texto de autoria do amigo Diassis Vidal. Intitulado “Nós, os “manipulados” por Luiz Cláudio.”
...                                                                                                                   

A constância com que utilizam o termo “influência” pejorativamente é preocupante. Porque encerra em si um efeito totalitário, partindo do princípio de que pode existir indivíduos em alguma sociedade que se formou sem influências, sejam quais for.

Não é difícil compreender a imbecilidade dessa idéia. Aliás, esse processo de eliminar as influências faz parte de um trabalho ideológico de eliminar as grandes referências políticas, intelectuais e humanistas nacionais e internacionais. Nós que tivemos a singular oportunidade de receber influências humanistas do professor Luiz Cláudio compreendemos muito bem esses direcionamentos teleguiados. Temos sido alvo constante dos reprodutores das idéias fascistas da mídia.

O que vem incomodando (função dos intelectuais), porém, é o fato de que os orientados pelos liberticidas da televisão não aceitam a possibilidade de jovens com idades de 14 a 22 anos falem e busquem a compreensão das complexas questões da civilização globalitária (Milton Santos) em que vivemos, que incluindo as escolas e universidades têm limitado a seriedade de discutir essas questões, salvo em raríssimas situações.

Somos influenciados sim, sobretudo por valores alicerçados no amor. E são os efeitos dessas influências que nos levam a ler e refletir dialeticamente Darcy Ribeiro, Nelson Werneck Sodré, Milton Santos, Paulo Freire, Graciliano Ramos, Drummond, Caio Prado, Celso Furtado, Vinícius de Moraes, Pablo Neruda, García Márquez, Lima Barreto, Jorge Amado, Miguel Angel Astúrias, Sartre, Simone de Beauvoir, José Saramago, Antonio Gramsci, Norberto Bobbio, Albert Camus, Bertolt Brecht, Tolstoi, Dostoievski, Máximo Gorki, Bertrand Russel, Georg Lukacs, Maiakovski e muitos outros grandes nomes de mesma importância que levariam algumas folhas para escrever seus nomes.

A formação de nosso engagement (Sartre) é árdua, mas continuaremos recebendo as influências que consideramos importantes para enfrentar os cruzadistas anti-humanistas.

Por fim, agradecemos ao professor Luiz Cláudio (O mano velhinho) e suas referências por nos fazer compreender que não é possível falar na existência de Amor e Liberdade numa sociedade pseudoconcretizada (Karel Kosik) a não ser por aqueles que por múltiplas razões se beneficiam com a miséria de bilhões de pessoas.
 
 Diassis Vidal
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Eternas Saudades do Velhinho!
josé adil viera júnior