Esta pergunta tão simples define toda uma postura de vida. Ou você atuará no sentido de reproduzir os valores existentes ou sua existência será dedicada a transformá-los, através de palavras e/ou de atos.
Adotar a primeira posição significa considerar imutável:
a) A absurda desigualdade social existente entre países e pessoas.
b) O domínio de determinados países (EUA, por exemplo) sobre, praticamente, todo o globo terrestre.
c) A produção científica sendo apropriada por um pequeno grupo de capitalistas e oligopólios, bem como por países e empresas belicistas.
d) A concentração de riqueza em mãos de um pequeno grupo de oligopólios, em volume que supera o PIB de vários países.
e) As religiões adotarem a postura de representantes de deus, representação esta executada por homens tão falhos como qualquer um (ou mais).
f) A pobreza artística imposta pela mídia, visando a imbecilização daqueles que, enquanto povo, poderiam
alterar a ordem vigente.
g) A seca no Nordeste e a morte de inúmeras pessoas devido "às enchentes".
h) Os sobreimpostos cobrados indiretamente por: saúde, educação e segurança, visto que o retorno dos impostos não se concretiza no cumprimento das obrigações constitucionais do Estado.
i) A ideia de que tudo sempre foi assim, que é totalmente falsa pois "de fato" jamais foi assim. O capital sempre operou mudanças que o beneficiassem.
j) A forma de buscar sucesso profissional, emocional e pessoal no consumo e nas relações interpessoais desprovidas de verdade e sentimento.
Já a segunda posição apresenta-se distante do sucesso e da ascensão fácil, pois ao visar a transformação de todos estes valores acima citados, a tendência natural é chocar-se contra o poder, a opinião do cidadão comum e do status quo. Daí a importância de haver uma profunda consciência no caso de sua vida trilhar os tortuosos caminhos da segunda opção. O segredo é ter um projeto de realização pessoal completamente fora dos valores vigentes. Por exemplo: conseguir sobreviver com a dignidade mínima e se alegrar caso consiga transmitir a ideia da transformação, mesmo que seja a um número mínimo de pessoas.
Não seja no mundo, e sim esteja no mundo. Não parece, mas ele também é seu.
Luiz Claudio de Oliveira Serpa – o Velhinho.
Nostalgia sem limites ao ler este texto... Eu mesmo que o digitei enquanto Ele pausadamente falava e irritava-se com meus erros ao digitar.
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