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quinta-feira, 17 de março de 2011

Ele confessa que viveu!

Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904Santiago, 23 de Setembro de 1973)
foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes
na Espanha (19341938) e no México.

Li, tempo atrás, a biografia de um poeta sublime. Chileno, revolucionário e, acima de tudo, um homem que soube amar. De acordo com Isabel Allende, em seu livro Paula, Neruda morreu de "tristeza", em setembro de 1973, ao ver dissolvido o governo de Allende¹.

Deixo aqui um trecho do livro biográfico "Confesso que Vivi" e depois um poema genial do poetinha.

Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta. ”
...
Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...


¹ Trecho final retirado do Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Neruda

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